Na mata de Barão de São João, existem flores, caminhos, rochas, e árvores, e no meio delas existe uma… ao pé das outras.
Esta árvore é tão fantástica como as outras. Vi-a no outro dia, não me lembro quando nem onde, porque era muito parecida com as outras. Tão parecidas que parecia um sonho… Era alta, mais alta do que eu, mas tão tolerante, que disso nem me apercebi. Ela dava a impressão que eramos exactamente do mesmo tamanho, sem altura definida.
Olhei para o lado, e là estava ela na mesma, de ramos abertos. Tão abertos que nem era preciso se aproximar mais para sentir o seu calor no máximo nível possível. Não era preciso mexer para lhe tocar.
Virei a cara e lá estava ela outra vez. Inclinada e com alguns ramos partidos, desta vez… Mas ela não sofria, aliás, ela continuava tão forte e suave como estava há dois olhares para trás. Ela falava-me sem emitir sons…
Aí eu parcebi como me libertar do sofrimento que me havia levado para o pé da Árvore Aopédasoutras, e comecei a fazer parte dela… ou melhor, comecei me a aperceber que fazíamos parte um do outro. E aconselho a quem estiver disposto a conhecê-la para se dirigir à mata, seja ela qual for.
Tim/07
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